Em 1422, o Condestável doa todos os seus bens e títulos aos seus netos, filhos do 1º Duque de Bragança; D. Afonso é o responsável pela construção do Paço.
Esta designação incluí o castelo propriamente dito, o Paço dos Condes de Ourém e as torres abaluartadas. Em 1755 o Castelo sofre grande destruição com o Terramoto e, de novo, em 1810 com as Invasões Francesas.
Ao longo do século XX são efetuadas pequenas obras de conservação. Em 2016 é aprovado o projeto para reabilitação do Castelo e Paço, em parceria com a Câmara Municipal de Ourém, destinando-se o conjunto patrimonial a fins culturais.
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, incorporada a região aos domínios de Portugal, a toponímia Portus de Auren ou Portum Ourens encontra-se mencionada como termo de Leiria, na Carta de Foral passada a esta vila em 1142. Essa toponímia também consta no documento de doação do Castelo de Cera à Ordem dos Templários (1159), e num documento do Bispo de Lisboa a D. Afonso Henriques sobre uma disputa territorial com os Templários (1167). Acredita-se, desse modo, que a primitiva povoação se localizasse num dos vaus da ribeira de Seiça, provavelmente em algum ponto entre as atuais Sabacheira e Seiça.
A antiga fortificação muçulmana deverá ter sido reconstruída nos primeiros tempos da monarquia, uma vez que a primeira referência a um castelo de planta triangular no alto do monte remonta a 1178.
A povoação e os seus domínios foram doados por D. Afonso Henriques (1112-1185) à sua filha, D. Teresa, antes de 1180, visto que neste ano a infanta outorgou-lhe a Carta de Foral. No seu testamento, em 1183, esclarece-se que o local denominava anteriormente Abdegas: “Aprouve-me fazer testamento do eclesiástico de Auren, que antes se chamava Abdegas“.
O rei D. Afonso II (1211-1223) confirmou o foral dado pela infanta à vila. Diante do casamento de D. Sancho II (1223-1248) com D. Mécia Lopes de Haro (anteriormente a 1245), preocupados com a descendência ilegítima que poderia advir desta união entre primos, os partidários do infante D. Afonso, encabeçados por Raimundo Viegas Portocarrero, raptaram-na, levando-a para o Castelo de Ourém, que resistiu ao cerco das forças do soberano (1246). D. Mécia retirou-se pouco depois para Castela, tendo se intitulado, até à morte, rainha de Portugal.
O rei D. Dinis (1279-1325) doou a vila e o respectivo castelo à sua esposa, a rainha Santa Isabel (1282). Diante do fraco povoamento, entretanto, esses domínios reverteram para a Coroa, sendo doados, em 1299, a Martim Lourenço da Cerveira, com obrigação de os povoar.
Sob o reinado de D. Pedro I (1357-1367), o termo da vila foi elevado a condado, 1.° conde de Ourém o nobre D. João Afonso Telo de Menezes.
Na crise de 1383-1385, a povoação e o seu castelo, governados pelo conde de Barcelos, D. João Afonso Telo de Menezes, irmão da rainha viúva D. Leonor Teles, tomaram partido de D. Beatriz. Foram conquistados pelas forças do Mestre de Avis, no início do verão de 1384.
No século XV, a fase de grande esplendor da vila, sob a direção de D. Afonso, 4.° conde de Ourém, que promoveu grandes reformas no conjunto do castelo medieval, fazendo erguer ainda o edifício do Paço e a Igreja da Colegiada.
Mais recentemente, a Câmara Municipal de Ourém e Fundação da Casa de Bragança promoveram obras de reabilitação, que ficaram concluídas em julho de 2021.
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