O Castelo de Alvito, situa-se, no Alentejo, na freguesia e município de Alvito, distrito de Beja, em Portugal.
O Castelo de Alvito apresenta-se como um edifício misto de arquitectura militar e residência apalaçada, onde se identificam influências islâmicas, góticas e manuelinas.
De planta retangular, com quatro torreões cilíndricos ameados nos vértices, os seus lados definem um pátio interior onde se ergue, a noroeste, a Torre de Menagem, adossada ao pano da muralha. O alto dos muros é percorrido por um adarve constituído por parapeito alteado com merlões onde se rasgam as seteiras. As fachadas sudeste e sudoeste, em alvenaria, caracterizam-se como as de um palácio; as de nordeste e noroeste como muralhas unindo as torres. As características manuelinas e islâmicas são identificadas por algumas janelas em arco de ferradura, maineladas, inscritas em arco conupial, com aduelas em tijolo, e pela decoração naturalista dos capitéis.
A porta principal, em arco chanfrado, ostenta, na parte superior, uma epigrafia; sabemos, assim, que o castelo teve inicio no reinado de D. João II e terminou no de D. Manuel I. Era servida, originalmente, por uma ponte levadiça sobre o fosso, acedendo-se à praça de armas onde se destaca, do lado sul, uma escadaria de acesso à chamada Sala dos Veados, a Capela e os aposentos das torres.
A Torre de Menagem, originalmente mais alta do que o conjunto, apresenta uma planta quadrada, em três pavimentos: um térreo e dois superiores, onde se rasgam janelas gradeadas.
As primeiras referências documentais são encontradas a partir da doação destes domínios por Afonso III de Portugal (1248-1279) a seu chanceler-mor, Estevão Anes, cerca de 1255. Alvito hospedou o soberano em 1265, obtendo, segundo o costume, os privilégios inerentes, confirmados por Carta-régia. Por morte (1279), sem herdeiros, Estevão Anes legou em testamento à Ordem da Trindade, o povoado, o castelo e as terras de Alvito, o que indica a existência de uma estrutura de fortificação prévia no local, à época.
D. Dinis (1279-1325) concedeu-lhe foral em 1280, confirmado em 1289.
Em 1475, Afonso V de Portugal (1438-1481) outorgou o título de barão de Alvito a João Fernandes da Silveira, funcionário régio cujos descendentes viriam a ser titulados como marqueses. Poucos anos mais tarde, em 1482, João II de Portugal (1481-1495) concedeu ao barão e à sua esposa o direito de aí construírem um castelo, outorgando-lhes o senhorio da vila e dos povoados vizinhos.
Este nobre recebeu novas confirmações da licença-régia para a construção do castelo, por parte do mesmo soberano em 1489, e de Manuel I de Portugal (1495-1521), em 1497. De acordo com uma placa epigráfica sobre o portão de entrada, as obras do atual castelo teriam iniciado desde 1494, a cargo do 2° barão de Alvito, D. Diogo Lopes da Silveira. Estariam concluídas em 1504.
O Castelo de Alvito pertence atualmente ao património histórico da Fundação da Casa de Bragança.
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